A eficácia dos medicamentos genéricos ainda é motivo de dúvida para muitos consumidores. No entanto, a ideia de que eles têm menos efeito do que os medicamentos de marca não passa de um mito. A resposta está em um processo rigoroso de validação ao qual todos os fármacos precisam ser submetidos antes de chegar ao mercado.

Para que um novo medicamento seja aprovado, ele deve passar por duas fases fundamentais: a pesquisa clínica e a avaliação de eficácia e segurança. O remédio de marca, também chamado de medicamento referência, é o primeiro a ser desenvolvido, testado e aprovado, com base em longos estudos laboratoriais e clínicos, que podem durar mais de uma década.

Já o medicamento genérico é lançado após a expiração da patente do produto original. Para ser autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o genérico precisa comprovar bioequivalência, ou seja, deve apresentar a mesma composição, dose, forma farmacêutica, segurança, eficácia e absorção no organismo que o medicamento de referência.

O que muda, basicamente, é a marca e o preço. Como os genéricos não carregam os custos de desenvolvimento e publicidade que os produtos originais tiveram, eles chegam às prateleiras com preços mais acessíveis, beneficiando a população sem comprometer a qualidade do tratamento.
Portanto, do ponto de vista científico e regulatório, genéricos são tão eficazes quanto os medicamentos de marca. A escolha entre um e outro passa a ser, assim, uma questão mercadológica, e não médica.

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