Como descobrir se há descontos indevidos no INSS
Cerca de 97% afirmaram nunca ter autorizado descontos em seus benefícios

Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrada na quarta-feira (23), revelou um esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Estima-se que os desvios podem chegar a R$ 6,3 bilhões, em valores cobrados indevidamente entre os anos de 2019 e 2024.
Segundo as investigações, entidades se apresentavam como associações e firmavam contratos sem autorização dos beneficiários. Com documentos forjados e assinaturas falsificadas, elas passaram a descontar mensalidades diretamente dos pagamentos do INSS, oferecendo supostos serviços como acesso a academias, planos de saúde e clubes de vantagens — na maioria das vezes sem qualquer estrutura real para atender os usuários.
O ministro da CGU, Vinícius Carvalho, destacou que a fraude foi identificada após entrevistas com uma amostra de 1.300 beneficiários. “Cerca de 97% afirmaram nunca ter autorizado descontos em seus benefícios. A maioria dos casos envolvia falsificação de assinatura”, disse.
Como saber se fui vítima?
Para verificar se houve descontos irregulares, aposentados e pensionistas devem consultar o extrato de pagamento do benefício pelo portal ou aplicativo Meu INSS. No documento, constam todos os débitos mensais, incluindo empréstimos consignados e mensalidades associativas.
O passo a passo é o seguinte:
Acesse o site ou app Meu INSS
Faça login com CPF e senha do Gov.br
Clique em “Extrato de Pagamento”
Escolha o número do benefício
Verifique a aba de descontos e procure cobranças não reconhecidas
Caso identifique irregularidades, a orientação é entrar em contato com a Central 135 do INSS para solicitar a exclusão dos descontos. Também é possível registrar denúncia na Ouvidoria do INSS e no site consumidor.gov.br, especialmente se a cobrança partir de alguma associação específica.
A operação já resultou na prisão de cinco pessoas, e as investigações seguem em andamento. A CGU informou que trabalha para viabilizar a devolução dos valores descontados de forma fraudulenta.
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