O governo marcado por escândalos e polêmicas
Fernando Afonso Collor de Mello nasceu no Rio de Janeiro em 1949, mas foi em Alagoas que construiu sua carreira política.

Fernando Afonso Collor de Mello nasceu no Rio de Janeiro em 1949, mas foi em Alagoas que construiu sua carreira política. Filho do ex-senador Arnon de Mello, Collor teve uma ascensão rápida na política brasileira, ocupando cargos de prefeito de Maceió, deputado federal e governador de Alagoas ainda nos anos 1980.
Foi no final da década que ganhou notoriedade nacional ao lançar uma campanha contra funcionários públicos que recebiam salários considerados abusivos. A postura lhe rendeu o apelido de “caçador de marajás” e impulsionou sua candidatura à Presidência da República na primeira eleição direta após o fim da ditadura militar.
Em 1989, Collor derrotou Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno e se tornou o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1960. Seu governo, no entanto, começou com medidas impopulares. O Plano Collor, anunciado um dia após sua posse, confiscou a maior parte do dinheiro da poupança dos brasileiros, em uma tentativa de conter a inflação. A medida, coordenada pela então ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, teve efeito imediato na popularidade do presidente.
Logo depois, o governo foi abalado por escândalos de corrupção. Denúncias feitas por Pedro Collor, irmão do presidente, envolveram diretamente o tesoureiro da campanha, Paulo César Farias, conhecido como PC Farias. Uma conta fantasma usada para custear despesas pessoais do presidente foi descoberta, e a pressão popular e parlamentar cresceu. Diante da abertura de um processo de impeachment, Collor renunciou em 1992, durante a sessão que poderia cassar seu mandato. Ele deixou o Palácio do Planalto de mãos dadas com a então primeira-dama, Rosane Collor, numa imagem que marcou a história política do país.
Após um período afastado da vida pública, Collor voltou à cena política nos anos 2000. Tentou, sem sucesso, o governo de Alagoas em 2002, mas foi eleito senador em 2006, cargo que ocupou por 16 anos. Durante esse período, se envolveu novamente em escândalos de corrupção, desta vez ligados à Operação Lava Jato.
Em 2023, o Supremo Tribunal Federal condenou Collor a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, ele recebeu R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, em troca de favorecimentos à empresa UTC Engenharia junto à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Collor deixou o Congresso Nacional no início de 2023, após ser derrotado mais uma vez na disputa pelo governo de Alagoas em 2022. Sua prisão foi decretada em abril de 2025, marcando o fim de uma trajetória política que começou com promessas de renovação, mas terminou envolta em denúncias e condenações.
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