Com a prisão de Collor, na semana passada, vem a pergunta: quantos ex-presidentes foram presos ou detidos? Por qual motivo? Vamos conferir:

• Collor

Foto: Agência Senado

Corrupção e lavagem de dinheiro

Fernando Collor de Mello foi sentenciado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema envolvendo a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

• Temer

Foto: Reprodução TV Globo

Detido por acusação de corrupção e lavagem de dinheiro (Operação Lava Jato)

Michel Temer, ex-presidente, foi preso pela Polícia Federal em março de 2019, no âmbito da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele foi citado pelo delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que confessou ter repassado R$ 1,1 milhão em propina a Coronel Lima, amigo pessoal de Temer.

Após idas e vindas judiciais, Temer foi solto em 25 de março, voltou a ser preso em 8 de maio, e liberado novamente em 14 de maio de 2019 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

• Lula

Foto: Ricardo Stuckert

Corrupção e lavagem de dinheiro (sentença anulada pelo STF)

Luiz Inácio Lula da Silva foi preso em abril de 2018, em Curitiba (PR), condenado a 12 anos e 1 mês de prisão no âmbito da Lava Jato.

Após 580 dias preso, foi solto em novembro de 2019, após o STF decidir pela inconstitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância. Em março de 2021, o Supremo anulou todas as condenações de Lula, reconhecendo a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgá-lo.

• Jânio Quadros

Foto: Reprodução

Confinamento político (Ditadura Militar)

Jânio Quadros não chegou a ser preso formalmente, mas, após críticas ao regime militar em 1968, foi condenado ao confinamento por 120 dias em Corumbá (MS), vigiado por agentes federais.

• Juscelino Kubitschek

Foto: Arquivo Planalto

Prisão política (Ditadura Militar)

Juscelino Kubitschek, presidente entre 1956 e 1961, foi acusado de corrupção e de ligações com comunistas após o golpe militar de 1964.

Em 1968, ao participar da Frente Ampla pela redemocratização, foi preso por alguns dias e depois transferido para regime de prisão domiciliar.

• Café Filho

Foto: Reprodução

Detenção para afastamento político (militar)

Café Filho, que assumiu a Presidência após o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, sofreu um infarto e se afastou do cargo. Ao tentar retornar, foi impedido por militares e mantido em prisão domiciliar até sua renúncia ser confirmada pelo STF.

• Artur Bernardes

Foto: Domínio Público

Prisão após a Revolução Constitucionalista

Artur Bernardes, 12º presidente do Brasil, foi preso em setembro de 1932 por apoiar a Revolução Constitucionalista em São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas. Depois da prisão, exilou-se em Portugal por cerca de um ano e meio.

• Washington Luiz

Foto: Arquivo Presidência 

Prisão e exílio após golpe de 1930

Washington Luiz, último presidente da República Velha, foi preso no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, durante o golpe de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder. Após a prisão, foi exilado na Europa e não voltou à política.

• Marechal Hermes da Fonseca

Foto: Domínio Público

Prisão política (Crítica à intervenção federal)

Hermes da Fonseca, presidente entre 1910 e 1914, teve sua prisão decretada em 1922 por ordem de Epitácio Pessoa, após fazer críticas à intervenção federal em Pernambuco. Foi detido oito anos após deixar o cargo.

• Motivos

As prisões mais antigas ocorreram por motivação política. As mais recentes, por denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro. 

Na enquete que fizemos sobre a prisão de Collor o resultado foi o seguinte:

Collor está preso! Se a decisão sobre esta prisão fosse sua, qual seria a sua decisão?

• 45% Prisão com certeza 
• 9% Multa e punição em liberdade
• 36% Deveria ter decisão semelhante ao Lula
• 9% Decidiria de outra forma

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